domingo, 15 de março de 2009

"Mais vale desaparecer do que desvanecer"

Ontem estava passando um programa sobre o Nirvana na VH1. Peguei andando, perdi o começo, mas umas coisas sobre ele ficaram na minha cabeça.

Quando o Kurt Cobain morreu (abril de 1994) eu não tinha nem 6 meses de vida ainda, por isso não me lembro do que foi dito na época e, por muito tempo (mais exatamente: até ontem) eu não sabia nada além do fato de ele ter cometido suicídio.

E não vou dizer que sou a maior fã de Nirvana. Conheço pouco, na realidade. A única coisa que realmente me liga a eles é a música Come As You Are, que o meu irmão me ensinou a cantar enquanto eu ainda dormia num berço, e porque ele me passava medo falando da morte do Kurt. Bem, naquela época eu ainda considerava qualquer morto um puxador-de-pé em potencial. E eu me lembro que o meu irmão tinha um esqueiro cuja imagem era a da perna dele... morto.

Isso me causou um impacto que eu sempre guardei só para mim. Não gostava nem de me lembrar daquilo, então por que haveria de compartilhar com outras pessoas? Mas eu nunca entendi a real situação. Ou seja, o porque de ele ter se suicidado.

E ontem, assistindo ao programa, eu descobri que eu entendia ele. Porque o Kurt desistiu de tudo porque a sociedade distorceu o sonho dele, transformou-o em seu maior pesadelo.
Ele amava a música e queria fazer algo único (e fez). Mas sabemos que a partir do momento em que você faz algo que tem a aprovação da maioria da população, ela se torna apenas mais uma coisa comum que ninguém vai dedicar mais que uma atenção superficial. E foi isso que aconteceu à criação dele... infelizmente. E, ao invés de compreensão, ele teve histeria.

Não vou pintar Kurt Cobain como um santo, até porque o vício em heroína foi um dos fatores que o influenciaram a tirar a própria vida. Mas o que é que se faz quando o sonho da sua vida, que passou pertíssimo de se tornar real, vira exatamente o contrário do que você esperava? Se torna algo sem sentido?

A filha, Frances, ainda era um bebê, era a única felicidade que tinha nos últimos tempos. Ele escreveu que não queria vê-la ter o mesmo destino que ele, afundar como ele.

Ah, a verdade é que eu não sei explicar bem o que eu penso sobre isso! Então, vou fechar logo esse post com algo que ele escreveu na carta de despedida:

"It's better to burn out than to fade away."

E, sabe, eu realmente concordo com essa frase... :/

Um comentário:

  1. Kurt Cobain nunca teve uma vida fácil, sensível como era, sentiu desde muito cedo a frieza, nos afectos, cercá-lo e isso minou muito o seu espírito...infelizmente.Kurt Cobain deixou-nos algo original e especial, um estilo muito proprio, conseguido por ele, que era um grande musico e que será para sempre, pois a sua musica, o seu legado, é intemporal e permanente. Tinha eu 14 anos quando ouvi Nirvana pela 1ª vez...e hoje em dia, com 32 anos continua a ser o meu nº 1!

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