sexta-feira, 20 de março de 2009

Not about love at all...

Sabe quando tu acorda com uma música da cabeça e ela fica pelo resto do dia? Pois bem. Eu até gosto disso... quando eu consigo identificar a música logo de início! Mas esse não era o caso hoje.
Logo que acordei e abri os olhos, lá estava ela, dançando na minha frente. E embora eu não conseguisse me lembrar quem era ela, pensei: ela é legal! Deixe ficar aí mesmo... vai ser bom ter companhia.

E lá fomos ela e eu para a escola, felizes, de braços dados. E ela era mesmo uma boa companhia: me encantava, acalmava e distraia.

E aí me vi no meio de humanos, meus amigos, e ela ficou em segundo plano, mas continuava lá comigo, firme como uma rocha, e inquieta, querendo ter de novo minha atenção toda para ela.

Mas aqueles movimentos no fundo da minha mente, enquanto eu tentava me concentrar no que os outros me diziam, começaram a me irritar. Ela foi falando mais alto, minha cabeça rodava. Eu abanava a mão na frente do rosto como se estivesse tentando espantar uma mosca, mas ela não queria me abandonar.

Perdendo a paciência, encostei-a na parede com raiva e disse: Não gosto de companhias misteriosas. Diga-me quem és! Mas ela não respondeu, simplesmente seguiu seu curso normal...

"I'm not, not sure,
Not too sure how it feels [...]"

Pressionei-a com mais força e ordenei: Diga-me logo, maldita! E ela continuou seguindo seu discurso de sempre...

"Remember today
I've no respect for you"

E foi então que eu perdi completamente a cabeça: NÃO TEM MESMO! Gritei, enquanto jogava-a no chão com força. E fui-me embora.

Tempos depois, em casa, escutei uma voz lá fora.

"Remember today
I've no respect for you
and I miss you love
and I miss you love"

Cheguei à janela e perguntei à minha amaldiçoada companheira o que ela queria e avisei que não daria nada se não me dissesse quem era. Ela me respondeu, calma: Como você deve se sentir? Vim lhe lembrar de algumas coisas. And I miss you, love.


HAHAHA, isso foi estranho! Mas eu acordei mesmo com ela na cabeça sem saber qual era, e fiquei com raiva por isso. Sejam felizes apreciando aí:
Miss you love - Silverchair


P.S.: 5 dias, 5 horas e 12 minutos.

domingo, 15 de março de 2009

"Mais vale desaparecer do que desvanecer"

Ontem estava passando um programa sobre o Nirvana na VH1. Peguei andando, perdi o começo, mas umas coisas sobre ele ficaram na minha cabeça.

Quando o Kurt Cobain morreu (abril de 1994) eu não tinha nem 6 meses de vida ainda, por isso não me lembro do que foi dito na época e, por muito tempo (mais exatamente: até ontem) eu não sabia nada além do fato de ele ter cometido suicídio.

E não vou dizer que sou a maior fã de Nirvana. Conheço pouco, na realidade. A única coisa que realmente me liga a eles é a música Come As You Are, que o meu irmão me ensinou a cantar enquanto eu ainda dormia num berço, e porque ele me passava medo falando da morte do Kurt. Bem, naquela época eu ainda considerava qualquer morto um puxador-de-pé em potencial. E eu me lembro que o meu irmão tinha um esqueiro cuja imagem era a da perna dele... morto.

Isso me causou um impacto que eu sempre guardei só para mim. Não gostava nem de me lembrar daquilo, então por que haveria de compartilhar com outras pessoas? Mas eu nunca entendi a real situação. Ou seja, o porque de ele ter se suicidado.

E ontem, assistindo ao programa, eu descobri que eu entendia ele. Porque o Kurt desistiu de tudo porque a sociedade distorceu o sonho dele, transformou-o em seu maior pesadelo.
Ele amava a música e queria fazer algo único (e fez). Mas sabemos que a partir do momento em que você faz algo que tem a aprovação da maioria da população, ela se torna apenas mais uma coisa comum que ninguém vai dedicar mais que uma atenção superficial. E foi isso que aconteceu à criação dele... infelizmente. E, ao invés de compreensão, ele teve histeria.

Não vou pintar Kurt Cobain como um santo, até porque o vício em heroína foi um dos fatores que o influenciaram a tirar a própria vida. Mas o que é que se faz quando o sonho da sua vida, que passou pertíssimo de se tornar real, vira exatamente o contrário do que você esperava? Se torna algo sem sentido?

A filha, Frances, ainda era um bebê, era a única felicidade que tinha nos últimos tempos. Ele escreveu que não queria vê-la ter o mesmo destino que ele, afundar como ele.

Ah, a verdade é que eu não sei explicar bem o que eu penso sobre isso! Então, vou fechar logo esse post com algo que ele escreveu na carta de despedida:

"It's better to burn out than to fade away."

E, sabe, eu realmente concordo com essa frase... :/

sexta-feira, 13 de março de 2009

Drama (estúpido) de uma fã

Estava aqui pensando(que novidade!)... Acho que eu deveria parar de pensar! Quero dizer, de tanto pensar, estou transformando uma contagem regressiva que deveria ser algo muito bom para mim em algo horrível! A parte mais estranha de tudo é que esse pensamento paranóico me ocorreu enquanto escutava(ainda estou escutando, na realidade) uma música sueca bem felizinha(e que me lembra A Pantera Cor-de-rosa!). Tsc, tsc, tsc.
Para sofrer comigo, escute aí também: ("Vara vänner" de um tal de Jakob Hellman)

Enfim... voltemos ao assunto original: meu drama ridículo.

Como é sabido publicamente, meu maior ídolo é um tal de Magne Furuholmen (tecladista do a-ha, também com carreira solo, mantém também o projeto Apparatjik com os integrantes do Coldplay, antigamente era o gênio do Timbersound(que ainda é o meu preferido), é artista plástico e um tipo de "professor de arte" da rainha da Noruega, participa do Nobel Peace Prize of Honor há tempos, é poeta e um músico completo. E, além de tudo, é o pai do meu sonho de consumo... *cof cof*). E sabe-se também que em 12 dias estarei cara-a-cara com ele. E é aí que reside o problema!

E você está se perguntando "por que cargas d'água essa louca tem que achar problema até numa situação perfeita dessas?". Mas, bem, essa sou eu... se não existe problema nenhum nas coisas, onde está a graça?! Certo, back to the point. Seria clichê se eu dissesse que o meu maior sonho é encontrar o Magne? Ótimo, porque, na realidade, não é exatamente o maior, porque eu nunca consegui definir exatamente um grau de importância para os meus sonhos. Mas eu pergunto: o que é que se faz depois que um dos seus maiores sonhos se realiza? Porque esse tem sido o meu maior drama nos últimos 46 dias(e se acentuou nos últimos 16).

Sabe, acho que esse é o meu maior defeito. Penso demais no que acontecerá depois e acabo não aproveitando as coisas como deveria. E tenho tentado resolver isso nos últimos meses, mas aí a bomba caiu na minha cabeça. a-ha no Brasil. Magne no Brasil. E TODO o problema voltou, porque não era só mais um passeio com os amigos, ou um sanduíche de 30cm na Subway. Não, senhor. Estou prestes a ver o meu maior ídolo e tenho medo disso.

E se todo o encanto se esvair? Como poderei ser feliz de novo? (Eu sei que isso parece dramático demais, mas, CARAMBA, eu realmente amo tudo que vem do Magne! A arte dele é a base da minha vida!) Muitas fãs que já se encontraram com ele me garantiram que isso não vai acontecer, que ele é maravilhoso (e eu sei que ele é... mas eu sou uma cética filha-da-mãe!), e é certo que da única vez que eu me encontrei com um ídolo meu (Almir Sater) o encanto continuou intacto. Mas existe uma diferença bem grande entre os dois. Será que eu realmente tenho colocado o Magne num pedestal, mesmo com toda a minha compreensão de que ele também(e, talvez, mais do que eu) é humano? Quero dizer, eu desenhei o meu próprio Magne na minha cabeça e, na maioria das vezes, quando fazemos isso nos magoamos quando percebemos que estávamos errados. E se eu tiver errado muito? Mas e se eu tiver acertado tudo? Acho que é ainda mais assustador. No final das contas, estou completamente perdida...

Certo, talvez eu tenha achado uma solução. Acha que dará certo se eu simplesmente parar de fazer planos e aproveitar a contagem? Porque, sabe como é, quando planejamos, quase sempre tudo sai errado... É isso, então. Chega de planos. Chega de pensar no dia 25 de Março de 2009. E, quando estiver de cara com o homem, seremos eu e o meu nonsense. Sempre!

Outro grande problema: eu escrevo muito melhor quando estou escrevendo para o Magne do que para qualquer outra coisa!
BAWHAUHUAHUAHUHAUHAUHAUHAUHUAHUAHUAHUAHUHAUHAUHAUHAUHAUHA

Chega. Chega. Isso foi traumático para você, eu sei que foi. Desculpe-me...

Mas eu ainda tenho um verso do Magne que justifica (mais ou menos) todo esse drama:
"So if you're careful
you won't get hurt
but if you're careful all the time
then was it worth?"

E, finalmente ao clima feliz da primeira música, cantemos!

"och bara, bara vara vänner
och tala om allt, vi kan väl tala om allt
men vi ska bara, bara vara vänner
och tala om allt, vi kan väl tala om allt
med varann"

P.S.: 12 dias, 3 horas e 13 minutos!

First (not at all important) Impressions


E então, cá estava eu sem ter o que fazer. OK, talvez eu tivesse o que fazer. Certo, certo, eu tinha muito o que fazer, mas nenhuma vontade. E foi aí que eu percebi que as coisas estavam muito erradas... porque eu queria escrever. E nem mesmo era a tal Skjulte Liv, minha fanfic, que eu poderia criar livremente como se fosse qualquer pessoa e me salvar de me tornar uma "figura pública". Não, senhor. Queria escrever algo que acabaria sendo lido por anônimos e amigos, e reconhecido como meu por mais estúpido que fosse.


Juro que poucos minutos atrás tinha muitas idéias sobre o que escrever, mas a música se infiltrou na minha cabeça de tal maneira que não consigo mais pensar. Consigo somente escrever e, ainda assim, sem saber que rumo estou tomando. Então, "tchau, idéias", "olá, incertezas!"


Por que "Empty Chair"? Muito, muito simples. Quero dizer, para mim é. Quanto a você, caro leitor, terá que descobrir sozinho! Mas, prometo, não será difícil... Talvez eu resolva dar pistas. Oh, isso se você realmente estiver interessado em descobrir algo tão trivial.


E quem estará lendo isso? Amigo? Desconhecido? Desconhecidamente amigo? Amigavelmente desconhecido? E, seja lá quem for, esse jogo de palavras pareceu tão ruim para você quanto pareceu para mim? Mas, sério, quem será você e o que achará de mim depois deste post? Será que o gênio está parecendo mais um cérebro de minhoca ou o cérebro de minhoca está transformando-se em gênio? O que eu sou para você agora? O que eu sou para mim agora?


O que eu escreverei daqui para frente? O de sempre: nonsense. Porque é isso que eu faço. E é por isso que a maioria nem mesmo consegue seguir a lógica do que eu escrevo. Pessoa estranha, mente estranha! E estou feliz por isso... É mais interessante ser difícil de decifrar. Às vezes vai encontrar aqui textos brilhantes, outras vezes vai encontrar idéias desconexas que são, na realidade, conversas internas. Essas últimas você, com certeza, só entenderá se me conhecer melhor que a si mesmo, e talvez, mesmo assim, ainda se perca um pouco, porque eu mesma me perco. Mas essa é a graça da vida: descobrir um novo eu a cada dia!


Peço somente que tenha alguma paciência se decidir acompanhar esses meus devaneios. Não é lá tão fácil para alguém como eu submeter suas impressões sobre a vida para quem quer que decida ler, ficar a mercê de críticas.


Mas então a música tomou completamente meus pensamentos e agora não quer nem mesmo deixar brechas para que os dedos se exercitem. E está tarde, céus! Mamãe vai me matar!


Sendo assim, me despeço, já. Mas não sem antes dedicar esse post (não tão) interessante para quem deixou minha noite mais clara(e isso não é um trocadilho comigo mesma). Para você, Igor, my moonlit smile!


P.S.: música do dia: Mimizan - Beirut
http://cloubidouwah.vox.com/library/post/mimizan---beirut.html

P.P.S.: faltam, oficialmente, 12 dias, 21 horas e 2 minutos para o início de um dos mais importantes eventos da minha vida!

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"I am my own idea before and after I had it" (Magne f.)